São João: Quadrilhas juninas movimentam um mercado que gera milhões na economia Nordestina

 

As festividades de São João movimentam e muito a economia do Nordeste , principalmente em Campina Grande, onde a festa é considerada a maior do mundo. O presidente da Associação das Quadrilhas Juninas de Campina Grande (Asquaju-CG), Lima Filho, contou que, no ano passado, só as quadrilhas da Rainha da Borborema movimentaram R$ 1,320 milhão.

A Asquaju representa 24 quadrilhas juninas, sendo 12 delas de Campina Grande e outras 12 de outras cidades do Agreste paraibano. São cerca de 2.800 pessoas ligadas às quadrilhas, além dos fornecedores. Lima Filho estima que cerca de 200 empregos sejam gerados a partir das atividades das quadrilhas, entre maquiadores, coreógrafos, costureiras, cenógrafos, cabeleireiros e outros.

Empresas de transporte de passageiros também são beneficiadas, já que quando as quadrilhas vão participar de competições em outras cidades ou estados, costumam alugar ônibus e caminhões para realizar o transporte dos dançarinos, dos cenários, das roupas e dos adereços.

Lima Filho explicou que há uma grande cadeia envolvida na economia do São João, ainda que de forma indireta. Os profissionais envolvidos precisam comprar materiais como aviamentos, maquiagem, produtos para cabelo e ornamentos e tudo isso circula no comércio local.
Ele destacou que a economia criativa do São João já inclui a exportação de profissionais. “Nós temos coreógrafos, maquiadores, cenógrafos que viajam para dar cursos e, às vezes, nem voltam mais”, contou.

Uma atividade criativa pouco conhecida, por exemplo, é a dos profissionais que criam temas para as quadrilhas juninas. Lima Júnior explicou que o tema é para a quadrilha semelhante ao que é o samba-enredo para a escola de samba. As quadrilhas têm 25 minutos para contar uma história a partir de sua coreografia, cenografia e figurino. A partir da temática escolhida pela escola, o profissional responsável por escrever o tema cria uma espécie de roteiro para o desenvolvimento dessa história.

Essa época do ano também garante renda extra para as bandas que acompanham as quadrilhas. Alguns dançarinos também são cabeleireiros ou maquiadores e ganham dinheiro para fazer o cabelo e a maquiagem dos colegas antes das apresentações.

Engana-se, no entanto, quem pensa que as atividades limitam-se ao mês de junho. De acordo com Lima Filho, após os 30 dias de festa, os quadrilheiros tiram um mês ou dois para descansar, mas já em setembro começam a planejar o São João do ano seguinte. “Vendemos as roupas e o material que sobrou para quadrilhas de outras cidades e depois começamos a fazer as feijoadas e eventos que são criados para arrecadar dinheiro para a próxima festa”, contou.

Fonte : Turismo em Foco

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

VISITE A SERRA DE JOÃO DO VALE - RN E SE HOSPEDE NO CHALÉ MIRANTE DO SOSSEGO

VENHA CONHECER FELIPE GUERRA - RN

CONHECENDO SERRINHA DOS PINTOS - RN